Evento promovido pela Exame e Afya, em Belém, reúne especialistas e reforça a centralidade da saúde nas discussões climáticas rumo à COP30
No último dia 10 de junho, a cidade de Belém (PA) foi palco de um dos encontros mais estratégicos do país sobre clima, saúde e justiça social: o ESG Summit 2025, promovido pela Exame, com patrocínio da Afya e apoio de mídia do projeto Amazônia Vox. Com uma programação robusta, o evento reuniu profissionais da saúde, lideranças sociais, jornalistas e pesquisadores para refletir sobre os efeitos das mudanças climáticas na vida de quem habita a região amazônica e outras áreas vulneráveis do território brasileiro.
Entre os destaques da programação, esteve a participação do Observatório da Saúde e Meio Ambiente do Sertão Produtivo, representado pelo professor Felipe Dias, coordenador do núcleo vinculado à Afya Guanambi. Em sua intervenção durante o painel “Como a tecnologia e a educação podem mudar o jogo nas perspectivas da saúde”, Felipe defendeu a urgência de se integrar as vozes e vivências do semiárido nordestino às pautas ambientais e sanitárias de escala nacional:
“Durante o evento, tive a honra de representar o Observatório da Saúde e Meio Ambiente do Sertão Produtivo da Afya Guanambi, espaço acadêmico e técnico dedicado à produção de conhecimento, monitoramento e articulação de ações voltadas à justiça ambiental e à promoção da saúde coletiva. A participação do Observatório reforçou a importância de integrar as realidades do semiárido nordestino ao debate nacional sobre ESG, destacando os desafios enfrentados por populações do interior do Brasil e contribuindo com perspectivas fundamentadas na experiência territorial, na pesquisa científica e no compromisso com o desenvolvimento sustentável.”
Summit de impacto: saúde, clima e territórios vulneráveis
O Exame. ESG Summit foi dividido em quatro grandes painéis, cada um abordando aspectos distintos da interseção entre saúde e meio ambiente. Os temas foram:
-
“Ano de COP, atenções voltadas para o clima: Por que falar de mudanças climáticas é falar de saúde?”
-
“A saúde na região Amazônica: cases e adaptações, sobretudo para grupos vulneráveis”
-
“Como a tecnologia e a educação podem mudar o jogo nas perspectivas da saúde”
-
“Cuidar e dar voz às populações tradicionais da Amazônia: uma necessidade humana e ambiental”
O evento contou com nomes de referência nacional e regional, como Gustavo Meirelles, vice-presidente médico da Afya; Lívia Martins, diretora do Instituto Evandro Chagas; Eduarda Batista, articuladora da Rede Jandyras; Fagner Carvalho, médico infectologista; Rodrigo Cunha, jornalista fundador do Profile; Renata Faber, diretora de ESG da Exame; e Daniel Nardin, diretor do Amazônia Vox e vencedor do Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde 2024.
Uma voz do Sertão no centro das decisões climáticas
A inserção do Observatório da Saúde e Meio Ambiente do Sertão Produtivo no ESG Summit 2025 marca um momento simbólico e estratégico para o fortalecimento das regiões do Sertão e semiárido no cenário nacional. Em um país de dimensões continentais e desafios socioambientais diversos, dar visibilidade às desigualdades estruturais de territórios como o Sertão Produtivo é essencial para o avanço de políticas públicas integradas e sustentáveis.
Mais que um evento, o Summit se consolida como um espaço de articulação e convergência entre ciência, tecnologia, saberes tradicionais, educação médica e justiça ambiental, antecipando as discussões que ganharão escala global durante a COP30, marcada para novembro deste ano, também em Belém.
Compromisso institucional com a sustentabilidade
A participação ativa da Afya Guanambi e do seu Observatório demonstra o alinhamento institucional com os princípios da Agenda ESG, destacando-se como um polo de pensamento crítico e inovação no interior do Brasil. Por meio da atuação do Observatório, a instituição reafirma seu compromisso com a formação de profissionais conscientes do seu papel diante das crises ambientais, sociais e sanitárias que impactam o país.
O ESG Summit 2025 foi mais do que um encontro: foi um chamado à ação, ao diálogo e à inclusão. E o Sertão Produtivo respondeu presente.